O Que Significa Adoração?
Em muitas igrejas contemporâneas, existe um caos na adoração. A tragédia é tão grande que poucos crentes examinam as Escrituras para encontrar seus preceitos sobre este assunto. Alguns dizem: "Isto parece adoração"; ou: "Isto não é adoração"; ou: "Posso adorar a Deus com esta forma de culto". Entretanto, tais pessoas estão fazendo um julgamento completamente subjetivo quanto à maneira apropriada de adorarmos a Deus. Mesmo aqueles que examinam as Escrituras freqüentemente já decidiram que tipo de adoração acham adequada e buscam as Escrituras apenas para encontrar textos que apóiam seu ponto de vista. Nesse artigo, consideraremos o que realmente é adoração e como devemos adorar a Deus de uma maneira que O agrade.
O Que é Adoração?
A primeira coisa a determinar é o significado da palavra "adoração". Muitos têm sua própria idéia a respeito do que ela denota; mas precisamos deixar a Bíblia definir o conceito deste vocábulo. Ela o faz de maneira bem específica.
À medida que examinamos as Escrituras, ficamos surpresos com a maneira como elas empregam a palavra "adoração". A Bíblia está cheia de versículos que vinculam a idéia de adorar à de prostrar-se ou ajoelhar-se diante de Deus. A palavra hebraica hitawa significa prostrar-se ou curvar-se. Quando examinamos a Bíblia, descobrimos muitos exemplos; "E, imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou" (Êxodo 34:8); "Vinde, adoremos e prostremos-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou" (Salmos 95:6); "Todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo e a glória do SENHOR sobre a casa, se encurvaram com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram, e louvaram o SENHOR, porque é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre" (II Crônicas 7:3); "Os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono" (Apocalipse 4:10).
As expressões "encurvaram com o rosto em terra" ou "curvar-se para a terra" está freqüentemente associada à adoração a Deus. Isto não significa que devemos encurvar-nos com o rosto em terra cada vez que adoramos a Deus ou mesmo que isto sempre acontecia em todos atos de adoração mencionados na Bíblia. Essa é uma atitude simbólica; por esta razão, é importante indagarmos o que significa e qual seu propósito.
Essa atitude expressa mais do que uma demonstração de amor por alguém. Se você ama seu esposo ou sua esposa, não se prostra diante dele (a) ou curva-se com o rosto em terra. Ora, a atitude de prostrar-se significa mais do que respeito. Entretanto, por mais que respeite seus superiores no trabalho, você não se lança ao chão diante deles. Prostrar-se diante de alguém significa reconhecê-lo como seu senhor. Você é servo dele, e ele é seu senhor. Ele dá as ordens, e você tem de obedecê-las.
Serviço
Isto nos leva ao segundo aspecto de adoração encontrado na Bíblia: uma associação entre adorar e servir. Tudo que somos e possuímos pertence a Deus; por conseguinte, somos servos dEle. Um exemplo deste conceito acha-se em Mateus 4:10, que relata a ocasião em que Jesus foi tentado: "Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás" (ARC). Parece, então, que adorar a Deus de maneira bíblica implica em que reconhecemos ser Ele o nosso Senhor e que temos de servi-Lo em nossas vidas. Em resumo, adoração bíblica envolve tanto as palavras quanto a vida. Se quiséssemos uma breve definição de adorar poderíamos dizer: "Adorar a Deus é reconhecê-Lo como nosso Senhor, tanto nas palavras quanto nos atos".
Senhor de Nossa Vida
Isto suscita um interessante detalhe. Existem aqueles que gostariam de fazer da adoração algo puramente intelectual. Mas adoração envolve mais do que palavras e pensamentos; envolve todo o nosso ser, nossas atitudes. Por exemplo, fazer uma contribuição financeira é um ato de adoração, embora nenhuma palavra seja pronunciada por aquele que contribuiu. Ao invés de utilizar palavras, ele está fazendo uma declaração por meio de seus atos. Está dizendo: "Deus é o Senhor do meu bolso, bem como de outros aspectos de minha vida. Ele é o Senhor do meu dinheiro e dos meus bens".
Outro exemplo das Escrituras encontra-se em Apocalipse 4:10, citado anteriormente: "Os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando: Tu és digno, Senhor e Deus nosso". O que significa a atitude dos anciãos depositarem suas coroas diante do trono? O fato de que eles tinham coroas indica que possuíam alguma autoridade pessoal. Mas o depositarem suas coroas diante do Senhor declara simbolicamente: "Tu és o Rei dos Reis; toda a nossa autoridade submetemos a Ti, pois Tua autoridade é superior". Portanto, a adoração deles, nesta ocasião, pelo menos envolvia uma ação que transmitia um significado específico. Um exemplo ainda mais significativo encontramos em Maria, a que ungiu os pés de Cristo com precioso bálsamo, enxugando-os com seus cabelos. Ela não pronunciou qualquer palavra, mas sem dúvida aquele foi um ato de adoração.
Palavras são Insuficientes
De fato, a adoração que consiste apenas de palavras é algo abominável a Deus. Em Isaías 29:13, Ele afirma: "Este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens". Nossa adoração formal aos domingos (*) é uma mentira, se Deus não é verdadeiramente o nosso Senhor durante o restante da semana. Em resumo, a Bíblia sempre utiliza o vocábulo "adoração" no contexto de prostrar-se diante de Deus, quer literal, quer simbolicamente. A adoração bíblica não é apresentada como algo apenas intelectual ou verbal, mas como uma atitude de todo o nosso ser. Pode não envolver palavras, mas sempre tem o significado de exaltar a Deus como Senhor.
Louvor: Outro Lado da Moeda
Hoje costumamos utilizar palavra adoração para abranger tudo que ocorre nos cultos públicos. Conforme já vimos, a Bíblia a emprega de maneira bem mais específica, porém ela também utiliza outros vocábulos, dentre estes o mais comum é "louvor". Se adoração transmite a idéia de nos prostrarmos ou nos curvarmos diante de Deus, louvor fala de nos levantarmos perante Ele. Quando louvamos, erguemos nossas cabeças e cantamos ou damos graças a Deus por aquilo que Ele é e tem feito.
Podemos encontrar essas duas idéias unidas no mesmo versículo: "E todo o povo respondeu: Amém! Amém! E, levantando as mãos, inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra" (Neemias 8:6). Observe que eles louvaram erguendo suas mãos e proclamando o "amém"; e adoraram inclinando-se com o rosto em terra. Em II Crônicas 7:3, essas duas idéias estão apresentadas na ordem inversa: "Os filhos de Israel... se encurvaram com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram, e louvaram o SENHOR, porque é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre".
Música e Cânticos
Em nossos dias, o louvor está associado à música e aos cânticos. Às vezes, nas Escrituras, o louvor é algo barulhento, envolvendo freqüentemente o uso de instrumentos como uma parte importante.
I Crônicas 23:5 declara: "Quatro mil porteiros e quatro mil para louvarem o SENHOR com os instrumentos que Davi fez para esse mister". Também lemos em II Crônicas 30:21: "Os levitas e os sacerdotes louvaram ao SENHOR de dia em dia, com instrumentos que tocaram fortemente em honra ao SENHOR". A idéia de louvar a Deus erguendo a voz e utilizando instrumentos para chamar atenção ao que Ele havia realizado era uma parte central da adoração do Antigo Testamento.
Embora não haja menção de instrumentos musicais na adoração do Novo Testamento, podemos encontrar ali a mesma idéia de vozes sendo erguidas em louvor e oração a Deus. Por exemplo, em Atos 4:24, os crentes reunidos, "unânimes, levantaram a voz a Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há". E o apóstolo Paulo instruiu os crentes de Colossos a ensinarem e aconselharem uns aos outros "com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (Colossenses 3:16).
ESTUDO PARA OUTUBRO E NOVEMBRO 2010
1- Definindo Louvor e Adoração
O que é Louvor?
De acordo com a Bíblia, o louvor está associado com a idéia de agradecimento, elogio, valorização, glorificação, exaltação, por aquilo que Deus faz (fez, fará) em nossa vida ou na dos outros. (Sl. 145:4; Sl. 147:12-13; Is. 25:01; Lc. 19:37), ou seja, nós louvamos a Deus por Suas obras, bênçãos, curas, livramentos, perdão, graça, amor, misericórdia, cuidado, etc. O louvor está sempre associado a uma ação de Deus. Deus age(agiu, agirá) e seu povo O louva(agradece, exalta, elogia, etc.). Contudo, o motivo principal do louvor é a Salvação em Cristo.
Louvor congregacional Esta expressão se refere ao louvor cantado, prestado pelas pessoas quando estão reunidas. Louvor coletivo.
O que é Adoração?
A palavra adoração assim como outras palavras admiráveis como ?graça? e ?amor? podem ser mais facilmente experimentadas do que descritas. Assim escreveu A. P. Gibbs em seu livro ?Adoração?. Porém, passeando pela Bíblia vemos que a adoração está associada com a idéia de culto (resposta), reverência, veneração, por aquilo que Deus é (Santo, Justo, Amoroso, Soberano, Misericordioso, Imutável, etc.). (Sl.96:9; Ap. 4:8-11; Ap. 7:11-12; Ap. 11:16-17), ou seja, independente do que Deus faz, fez ou fará, nós O cultuamos (O adoramos), pela sua pessoa(sua natureza e caráter), por aquilo que Ele é. A adoração é melhor representada pela comunhão pessoal que temos com Deus, pois é através do nosso relacionamento com Ele, é que conhecemos melhor a Sua pessoa. A adoração também pode ser descrita como toda e qualquer reação que temos para com Deus. Essa reação, por sua vez, também se encontra intimamente ligada ao conhecimento(revelação) que temos da pessoa de Deus.
Obs.: Tanto o louvor quanto a adoração, devem estar presente em tudo o que fizermos. Eles devem ser manifestados no falar, pensar, vestir, trabalhar, estudar, orar, cantar, etc. Porém, nos cultos da igreja atual, a forma mais popular de expressar o louvor e adoração é por meio de música (cânticos e hinos).
2- Uma palavrinha sobre música
A música desempenha um papel essencial dentro do nosso ministério. Ela é o meio principal que utilizamos para servir a Deus e a Igreja. Sem a música nosso ministério não existiria. Devido a grande importância que a música tem em nosso ministério, há algumas coisas que devemos saber acerca dela:
O Poder da Música
A música, mais do que qualquer outra arte, exerce uma forte influência sobre a vida das pessoas. Vejamos: a) - A música é capaz de produzir sentimentos dentro de nós (ex.: alegria, tristeza, medo, etc.). b) - A música pode nos levar a diferentes tipos de reações (ex.: rir, chorar, ficar apreensivo, relaxar, etc.). c) - A música é capaz de influenciar o nosso comportamento (ex.: andamos mais rápido, produzimos mais, somos motivados a comprar determinado produto, etc.). d) - A música tem o poder de gravar mensagens em nossa mente para toda a vida (ex.: um casal de idosos que se lembram perfeitamente da letra da música que costumavam ouvir há 60 anos quando estavam namorando, uma pessoa de 90 anos de idade que lembra de uma música que aprendeu na sua infância, etc.). Realmente, a música possui uma força que não pode ser ignorada.
Em nosso caso, não podemos ignorar o poder da música na transmissão e consolidação de mensagens durante nossos cultos, encontros, acampamentos, etc. Sally Morgenthaler disse ?...com exceção do Espírito Santo, a música é o elemento mais poderoso do culto. Ela tem uma capacidade incrível de abrir o coração humano para Deus, tendo acesso mais rápido e mais profundo à alma, sendo mais permanente que qualquer outra forma de arte ou oratória humana.? Sem dúvida, a música é capaz de tocar pessoas de uma maneira que um sermão não consegue. Além disso, a música também reforça e facilita a memorização das mensagens. Martinho Lutero já sabia disso. Não foi à toa que ele afirmou ?Sei que amanhã, segunda-feira, vocês vão esquecer o que eu estou falando agora no meu sermão. Mas os hinos que os faço cantar jamais vão ser esquecidos?.
Apesar de tudo isso, uma das mais poderosas influências que a música exerce sobre o ser humano é na formação do seu caráter. O filósofo Aristóteles disse: ?a música tem o poder de formar o caráter?. E, ele tinha razão. Não é de se admirar a enorme depravação moral que a humanidade está vivendo em nossos dias, sem contar a grande onda de violência e o exagerado consumo de drogas e bebidas. Isso tudo se deve em grande parte a qualidade das músicas(letras) que a nossa geração está escutando. Mais do que em qualquer outra época, a música tem sido a principal comunicadora de valores para a geração de hoje. Ela tem moldado de forma significativa o nosso caráter, dizendo como devemos agir, pensar e nos comportar. Por isso, se não usarmos a música para espalharmos os valores de Deus, os valores do mundo vão ter acesso ilimitado a nossa geração inteira.
Obs.: É importante sabermos que não existe música sagrada ou música profana. O que faz uma música ser sagrada ou profana é a letra contida nela, ou seja, sua mensagem, e não o seu estilo ou ritmo.
Preferência Musical
A música é um assunto que divide, separa gerações, regiões do país, tipos de personalidades e até mesmo membros da mesma família. Isso se deve a dois fatores:
Primeiro, a intimidade que cada pessoa tem com um tipo de música está em grande parte relacionada ao contexto cultural em que essa pessoa cresceu. A linguagem musical de uma cultura pode ter significado maior, menor ou diferente para diversos indivíduos naquela sociedade, e poderá ter pequeno ou nenhum significado para as pessoas que estejam fora daquela cultura. Por exemplo, uma música africana dificilmente terá algum significado para uma pessoa que nasceu e cresceu no Japão, e vice-versa.
Segundo, cada pessoa tem uma forma diferente de perceber a música e, nenhum estilo de música provoca em todas as pessoas o mesmo sentimento. Por exemplo, um pessoa que tem afinidade com música clássica dificilmente será tocada por uma música do tipo Heavy Metal. O mesmo acontece com uma pessoa que gosta de música Sertaneja, dificilmente ela será tocada por uma música do tipo Jazz. Por este motivo, é muito importante temos em mente, que é impossível agradar o gosto musical de todas as pessoas, e que também, independente do estilo de música que usarmos em nossos cultos, atrairemos e manteremos determinados tipos de pessoas e perderemos outras.
Veículo de Expressão
Além de comunicar valores, produzir sentimentos e reações, influenciar o nosso comportamento e facilitar a memorização de mensagens em nosso cérebro, a música também é grandemente utilizada para expressar aquilo que ele sentimos (amor, alegria, desilusão, paz, etc.). Isto porque a música torna muito agradável a maneira de expressarmos aquilo que sentimos. Em nosso contexto, a música, entre outras coisas, também é utilizada para expressar o que sentimos por Deus.
3- Ministros e Dirigente de louvor
Ministros de louvor
Considerando que a ministração não é algo realizado individualmente, podemos considerar então que ministros de louvor são todos aqueles que estão envolvidos, direta ou indiretamente, na ministração do louvor (instrumentistas, cantores, operadores/montadores de som, operadores de retroprojetor, e outras funções ligadas à área). Em outras palavras, ministros de louvor são todos aqueles que servem a igreja na área de música.
Dirigente de louvor
O dirigente de louvor ou líder de adoração, é aquele que têm como função principal conduzir(dirigir) o momentos de cânticos nos cultos, levando as pessoas a expressarem o seu amor, o seu louvor e a sua adoração a Deus através da música. Além conduzir as pessoas, o dirigente de louvor, também é responsável pela condução(direção) dos cantores e instrumentistas dentro da música, definindo quais partes serão repetidas, as introduções, as entradas, os finais, etc. Outra função que o dirigente do louvor desempenha, durante os momentos de cânticos, é o de ministrar a vida das pessoas.
4- Uma palavrinha sobre ministração
Ministrar significa servir. Em outras palavras, é aquilo que oferecemos à alguém. A ministração pode ser dividida em dois tipos: uma que é dirigida à Deus e outra que é dirigida ao próximo.
A ministração dirigida à Deus
Essa ministração é direcionada exclusivamente a Deus. Seu sentido deve ser sempre na vertical (para cima). A ministração dirigida à Deus têm como alvo principal proporcionar alegria ao coração do Senhor. Ela consiste basicamente em expressar o nosso amor a Deus, reconhecer a nossa dependência dEle, reassumir o compromisso de obedecer a Sua palavra, apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor, e sobre tudo, oferecer-lhe aquilo que somente Ele é digno de receber: Glória, honra, louvor e adoração.
O único tipo de ministração que agrada a Deus é a aquela que oferecida com sinceridade de coração. Porém esta ministração só será aceita se for oferecida por intermédio de Jesus Cristo (João 14:6; Hebreus 13:15).
A ministração dirigida ao Próximo
Essa ministração é direcionada exclusivamente para o próximo. Seu sentido deve ser sempre na horizontal (para os lados). A ministração dirigida ao próximo têm como alvo principal confortar, encorajar, edificar e provocar transformação na vida das pessoas. Ela consiste basicamente em ir de encontro as necessidades do próximo, em levá-los a se reconciliar com Senhor, em trazer-lhes esperança de uma nova vida em Cristo, em ensiná-los a viver com Deus, em exortá-los a ter um relacionamento mais profundo e íntimo com o Senhor, em mostrar-lhes que a nossa meta é ter um caráter moldado à semelhança de Cristo, e entre outros, produzir mudança de estilo de vida.
O tipo mais profundo de ministração é aquele que faz diferença no dia-a-dia das pessoas. Se quisermos mudar vidas, devemos preparar uma ministração para impactar as pessoas, e não apenas para informá-las. A nossa ministração deve buscar sempre ser clara, relevante e aplicável.
Amor
Algo que irá fazer uma grande diferença em nossa ministração é o amor com que ministramos. Quando as pessoas sabem e sentem que nós as amamos, elas nos ouvem e se deixam ser conduzidas por nós. Para amar as pessoas nós precisamos nos aproximar delas, e quando nós nos aproximamos delas, o nosso poder de impactá-las é muito maior. O amor também é essencial quando ministramos ao Senhor, pois Ele está mais interessado na intenção do nosso coração e no amor com que correspondemos ao Seu amor por nós, do que no serviço que prestamos(oferecemos) a Ele. O amor deve nortear tudo o que fizermos. Sem amor a nossa ministração não passa de barulho.
5- Preparando a ministração do louvor congregacional
O Espírito Santo está mais presente em um planejamento cuidadoso do que em uma improvisação descuidada. Sendo assim, segue abaixo alguns pontos que irão nos auxiliar na preparação da ministração do louvor congregacional.
Andando com Deus
Esta é a parte mais importante na preparação da ministração do louvor. É através de uma vida de comunhão e de intimidade com o Senhor que recebemos unção e direção para ministrar e dirigir o louvor. Muitas vezes usamos primeiramente nossas mentes e métodos, e só então buscamos a benção de Deus para aquilo que já criamos. Com certeza cometemos esse erro mais vezes do que gostaríamos de admitir. É realmente uma grande tentação mergulhar e crer em nossas próprias tendências, desejos, habilidades e planos antes de checá-los com Deus e buscar seu coração e mente para a preparação da ministração. Porém, quando fizermos da comunhão com Deus uma prioridade, iniciaremos e terminaremos tudo o que fizermos em diálogo com o Pai e, desta forma, conheceremos sua mente e receberemos sua benção.
Em sintonia com o Pastor
É muito importante que pastor e dirigente de louvor estejam sempre em perfeita sintonia. O líder de adoração precisa ser conhecedor do seu pastor, de sua visão e manter um harmonioso o relacionamento com ele. A comunicação entre dirigente de louvor e pastor é vital. Eles devem se reunir regularmente para conversarem e discutirem sobre a liturgia, o tema da mensagem, os cânticos, enfim, tudo o que diz respeito a ministração e direção do louvor congregacional.
Elaborando a Ministração
O próximo passo na preparação da ministração é elaborarmos o que vamos ministrar. Nesta etapa escolhemos a direção que vamos ministrar (Vertical-[Deus] ou Horizontal-[Pessoas])
Conhecendo a classificação das letras dos cânticos. Apesar de parecer tudo igual na hora em que cantamos, as letras dos cânticos são classificados em diversos tipos. É importante sabermos o tipo de letra de cada cântico, pois, isso vai influenciar diretamente na preparação da ministração do louvor congregacional. Cânticos de:
Louvor - São cânticos cujas letras expressam elogio e agradecimento por aquilo que Deus fez, faz ou fará.
Adoração - São cânticos cujas letras expressam reconhecimento a Deus por aquilo que Ele é. Este cânticos falam da pessoa de Deus(Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades). Dentro do tema de adoração temos cânticos cujas letras que expressam Exaltação e Contemplação.
Exaltação - São cânticos cujas letras tratam de engrandecer a Pessoa de Deus(Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades).
Contemplação - São cânticos cujas letras se concentram em meditar(contemplar) a Pessoa de Deus(Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades). Ainda dentro do tema de adoração podemos ter cânticos cujas letras tratem de Consagração, Adoração Profética, Confissão e Clamor.
Consagração - São cânticos cujas letras tratam da dedicação de nossas vidas a Deus, da nossa Santificação, etc.
Adoração profética - São cânticos cujas letras tratam da Volta de Cristo, seu reinado eterno, etc.
Confissão - São cânticos cujas letras tratam de arrependimento, reconhecimento do pecado, desejo de mudança de vida, etc.
Clamor - São cânticos cujas letras expressam súplicas a Deus, pedido de misericórdia, auxílio, etc.
Relacionamento - São cânticos cujas letras tratam de unidade, comunhão entre as pessoas. Este tipo de cântico muitas vezes são empregadas e expressadas de maneira errônea. É comum vermos pessoas, durante o momento que são ministrados estes cânticos, de olhos fechados e mãos levantadas. A maneira adequada para cantarmos estes cânticos é de olho aberto, olhando para o rosto do irmão que está ao lado, apertando-lhe a mão e o abraçando. A finalidade destes cânticos é estreitar os laços da congregação, expressar comunhão e quebrar barreiras interpessoais. Estes cânticos devem ser cantados para as pessoas e não para Deus.
Guerra - São cânticos que dão ênfase à batalha espiritual contra o inimigo de nossas almas, proclamam a vitória de JESUS na cruz e a derrota de satanás.
Doutrinários - Uma das funções mais importante da música em qualquer cultura(sociedade) é de servir de apoio ao seu sistema de valores, sejam eles políticos, sociais ou religiosos. Os cânticos classificados como doutrinários, são cânticos cujas letras expressam os nossos princípios e valores.
Alegria (Júbilo) - São cânticos cujas letras expressam alegria pelo Senhor, pelos Seus feitos, etc.
Expectativa - São cânticos cujas letras expressam esperança de ver a glória de Deus, o seu agir, etc.
Evangelização - São cânticos cujas letras tratam da Salvação em Cristo, do amor de Deus por nós, etc.
Serviço - São cânticos cujas letras tratam da importância de servir, tratam do chamado para trabalhar no Reino de Deus, etc.
Especiais - São cânticos cujas letras tratam de temas como casamento, batizados, etc.
Composto - São cânticos cujas letras contém em suas estrofes mais de um tipo de classificação. Por exemplo louvor e exaltação, ou expectativa e adoração, etc. Obs.: É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma lista com o nome dos cânticos e a respectiva classificação de suas letras.
Escolhendo os cânticos
A ultima coisa a ser feita na preparação da ministração do louvor é a escolha dos cânticos. Porém isso não a faz menos importante, pelo contrário, os cânticos são a essência da ministração do louvor. Sendo assim, segue abaixo algumas dicas e alguns cuidados que devemos ter na hora de escolher os cânticos:
Qual será o tema principal da Reunião?
O primeiro cuidado que devemos ter na hora de escolher os cânticos, é procurar saber qual será o tema principal da reunião. É muito importante estar atento a este cuidado, para evitar que, em um culto de caráter evangelístico, por exemplo, sejam escolhidos cânticos sobre batalha espiritual. O que tornaria a nossa ministração ineficaz (inútil, inoperante). O ideal é que os cânticos estejam sempre em harmonia com o tema da reunião. Porém, isso não é regra absoluta. Como o Espírito Santo é o coordenador de tudo, algumas vezes Ele poderá querer que a ministração do louvor ocorra independente do tema da reunião. Por exemplo, num culto cujo o tema seja sobre relacionamento familiar, o Espírito Santo pode direcionar a escolha dos cânticos para que o Senhor seja exaltado como Rei ou como Pai amoroso, como Deus Forte, etc. Isso por que o Espírito Santo tem objetivos a cumprir em cada culto através do louvor e, ninguém melhor do que Ele para saber o que agradará a Deus naquele dia. Se o Senhor quer júbilo ou prostração, louvor ou consagração, etc. Por isso a necessidade de estar em íntima sintonia com Ele.
Qual será o tempo disponível para ministrar?
Outro cuidado muito importante a ser observado na escolha dos cânticos, é saber qual será o tempo disponível que teremos para ministrar o louvor. Por exemplo, se tivermos 30 minutos disponíveis, dificilmente conseguiremos encaixar 15 cânticos dentro deste tempo. Essa informação deve ser obtida com o pastor ou com o responsável pela liturgia.
Fazendo uma Pré-Seleção dos Cânticos
Após conhecido o tema da reunião e o tempo disponível que teremos para ministrar, o próximo passo é fazer uma pré-seleção dos cânticos. Para isso é necessário que o dirigente de louvor tenha em mãos uma lista de todos os cânticos que a igreja canta. Esta pré-seleção deve conter, de preferência, mais do que o dobro da quantidade dos cânticos que serão ministrados. Por exemplo, se vamos ministrar 5 cânticos, o ideal é que a pré-seleção tenha entre 10 e 12 cânticos.
Qual foi a última vez que cantamos este cântico?
É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma planilha de controle dos cânticos que são ministrados a cada culto. Pois além de auxiliar no acompanhamento da ultimas seleções, ela também evitará que alguns cânticos sejam repetidos com muita freqüência. Se a equipe de louvor tocar sempre os mesmos cânticos, chegará uma hora que o louvor ficará mecânico. Um estudo feito por uma companhia Norte Americana, descobriu que depois de um canção ser executada mais de 50 vezes, as pessoas não pensam mais no significado da letra e cantam sem perceber o que estão falando. Por este motivo é bom que o dirigente de louvor evite escolher sempre as mesmas músicas em todas as reuniões. O ideal é dar um intervalo de 2 a 3 meses para repetir um mesmo cântico.
A Letra está Biblicamente correta?
Como já sabemos, é letra da música que a torna santa ou profana, por isso, é muito importante que a letra da música esteja sempre biblicamente correta. Este cuidado deve ser observado especialmente no caso de músicas novas. É importante também estar atento para possíveis erros de português.
As primeiras músicas
As primeiras músicas não devem ser de louvor propriamente dito, principalmente se a ministração do louvor for antes da mensagem. Dificilmente alguém começa a adorar ao senhor logo no primeiro cântico. É preciso haver uma preparação espiritual, física e emocional. Neste caso, podem ser escolhidas músicas cujas letras tratem: de Relacionamento, de Alegria, de Convite para o Louvar, de expectativa pelo Senhor ou de Guerra. Também podemos usar este período para ensinar músicas novas. Porém, se a ministração do louvor for logo após a mensagem, podem ser escolhidas músicas cujas letras expressem diretamente: Louvor, Adoração, Exaltação, Contemplação, ou ainda, de preferência, que complementem ou reforcem a mensagem. Obs. O período de louvor não é uma preparação para a ministração da Palavra. O louvor e a Palavra são dois ministérios com características e peculiaridades parecidas, porém com finalidades diferentes. ?O louvor é a comunicação do homem com Deus; e a pregação da Palavra é a comunicação de Deus com o homem?. No entanto, na fase final do louvor, poderá haver uma ligeira fusão entre os dois ministérios.
6- Dicas ao dirigente de louvor
Conhecer as músicas
O dirigente de louvor é o referencial para a igreja e para a equipe de louvor. Por este motivo ele deve ser o primeiro a conhecer a música de cor, sem precisar de ficar olhando toda hora para a transparência, para cantar a letra. É o dirigente que dá segurança e estabilidade para o grupo e para a igreja. Se ele não conhecer a música estará dando brecha para que a execução saia errada, e a ministração seja comprometida. Porém, caso o dirigente tenha dificuldade em memorizar os cânticos, ele pode usar uma estante(suporte) para colocar as cópias das letras, e assim acompanhar os cânticos.
Atitudes e Expressões
O dirigente de louvor tem que estar a vontade no altar. Ele tem que caminhar por todos os lados. Existem dirigentes que são como estátuas, ficam parados no mesmo lugar durante todo o Louvor. A Igreja acaba ficando parada, fria e imóvel também. Outros se mexem tanto, correm tanto e fazem tantos gestos, que mais parecem atletas excepcionais ou professores de aeróbica. A congregação fica cansada só de olhar e acompanhar. O dirigente de louvor tem que ter a prática de caminhar (isto impõe segurança), ele deve procurar se expressar com gestos em alguns cânticos (isso gera participação da Igreja), ele deve ter o hábito de olhar nos olhos da congregação em geral (isso mostra confiança, segurança e autoridade. Alguns dirigentes fecham os olhos e esquecem do resto, principalmente de observar o fluxo na Igreja, esta atitude é prejudicial para o bom desempenho do louvor congregacional), o dirigente também pode se ajoelhar em momentos de adoração (isso mostra submissão e humildade). Tudo isto deve ser feito com prudência, sabedoria e sensibilidade espiritual.
Sensibilidade Musical e Espiritual
O dirigente de Louvor que segue exatamente aquilo que estava programado nos ensaios, podem estar falhando na sensibilidade musical e espiritual. É obvio que não é normal ficar mudando a direção dos cânticos, mas sempre é preciso estar atento para saber quando deve-se fazer sinal aos músicos para tocarem mais suave, mais baixo ou mais alto, ou para que deixem só a congregação cantando junta, ou que se repita várias vezes o mesmo coro, ou ainda, que faça silêncio absoluto para uma maior busca, entrega e sensibilidade ao mover do Espírito Santo, que se inicie mais uma vez a canção para maior aproveitamento ou que os músicos continuem tocando a melodia da canção para que a Igreja possa cantar um cântico novo pessoal e espiritual. O dirigente tem que ter sensibilidade e flexibilidade durante a ministração de louvor, pois a vontade de Deus nem sempre é a do homem, por mais que sejamos organizados e programados.
Falar somente o necessário
Durante a ministração do louvor, o dirigente deve procurar não falar nada, apenas deixar que o próprio cântico fale ao coração das pessoas. Falar demais acaba atrapalhando o mover do Espirito Santo nas pessoas. Porém, não falar nada, causa vazio no Louvor Congregacional. Instruções durante os cânticos não produzem louvor nem adoração, entretanto, podem da direcionamento significativo à expressão coletiva. O dirigente de louvor deve procurar falar somente o necessário.
Incentive e Facilite as expressões
No louvor congregacional as expressões são fundamentais. Elas dão vida ao louvor e a adoração coletiva, além de reforçar o significado daquilo que estamos cantando. E é responsabilidade do dirigente de louvor incentivar e facilitar as expressões durante os momentos de louvor. Por exemplo, se o povo não está batendo palmas com firmeza e união, deve-se falar e pedir para que batam palmas, se no momento de adoração a maioria estiver desligada e distraída, pode-se, por exemplo, pedir para que todos fechem os olhos, que levante as mãos e que comecem a falar palavras de amor, de agradecimento e sinceridade ao Senhor. Se no momento de Louvor perceber que o povo não está cantando e correspondendo pode-se tranqüilamente pedir aos músicos que parem de tocar para ouvir apenas as vozes da congregação cantando juntos, formando um lindo coral de vozes ao Senhor. É importante sabermos que nós não somos ?animadores? de culto. No culto há dirigentes de louvor. Seu papel é incentivar e facilitar as expressões simultâneas e espontâneas das pessoas. O dirigente de louvor que se preocupa somente em cantar e falar o tempo todo, limita o louvor e a adoração aos cânticos. O bom dirigente de louvor gera a participação das pessoas durante os momentos de louvor, incentivando e facilitando as expressões.
Certeza da presença de Deus
Por último, um elemento que irá fazer a grande diferença, não somente para quem dirige o louvor, mas também para quem participa do louvor é a certeza da presença de Deus. É muito importante para todo aquele que participa do louvor ter a certeza de que Deus está presente. Ora, como iremos adorá-lo sem ter a certeza da sua presença? Como iremos cantar para Ele, se ainda duvidamos que Ele está entre nós? Sem dúvida, um dos principais motivos pelos quais a igreja é tão fria na hora de expressar o seu louvor a Deus, é falta da certeza da presença de Deus em seu meio. É preciso sabermos que em todos os nossos cultos somos assistidos por Deus. Desde a primeira oração, passando pelos testemunhos, pela pregação, pelas arrecadações e principalmente durante o louvor, Deus está presente. Seu Espírito está passeando entre nós trazendo cura, libertação, avivamento, salvação, etc.
7- Qualidades e Características desejáveis nos dirigentes de louvor
Buscam viver em Santificação;
Procuram ser pessoas segundo o coração de Deus;
Possuem consciência de que dependem de Deus para tudo que fizerem;
São Adoradores;
São Íntegros, Retos e Tementes a Deus;
São Humildes;
São Fiéis nos dízimos;
São Submissos à liderança;
São Responsáveis em tudo;
São Reverentes;
São prudentes;
Procuram ser atraentes no falar, no vestir, sem ferirem a ética, a disciplina, o pudor e os preceitos bíblicos;
Não fazem acepção de pessoas;
Se comunicam bem;
Procuram sempre aprender e se aperfeiçoar cada vez mais;
Obs.: O bom dirigente de louvor se concentra primeiramente em ser uma pessoa de Deus antes de fazer o trabalho dEle
OUTUBRO 2010
O Joio e o Trigo
O trigo é uma planta cultivada em virtudes de seus frutos, com os quais se fabrica milhares de alimentos como farinha, pães, bolos, macarrão, etc.
O joio (erva daninha, capim) é uma espécie de planta que cresce agrupado em outras espécies e não produz frutos alimentícios.
Na palavra de Deus ouvimos falar sobre uma historia assim: O semeador saiu ao campo a semear trigo, quando chegou a noite um impostor semeou ali também o joio, quando o trigo começou a crescer os empregados perceberam que o joio crescia ali entrelaçado ao trigo, perguntaram ao seu senhor, se poderiam arrancar o joio, porem o patrão disse para esperar ate a época da colheita assim poderia distinguir o joio do trigo, então colheriam o trigo e lançaria o joio no fogo (Mat. 13.24-30)
A principio o joio pode até parecer com o trigo, mas jamais será. O trigo quando crescido dá muito fruto, e seus frutos alimentam e da vigor. O joio jamais dará fruto, pelo contrário pode até matar outras plantas. Pensemos então, somos trigo, ou joio? Damos frutos que possam alimentar a outros, ou matamos outras almas?
Outra característica do trigo, na qual pode ser identificado como trigo é que quando nascem seus frutos, eles pesam, por isso os pés de trigo se curvam, se dobram. O joio jamais se dobra, por não ter frutos quanto mais ele cresce mais de pé ele fica, Pensemos então, somos joio, ou trigo? Nós curvamos em humilhação perante o Senhor, ou a cada dia estamos cheios de nós mesmos, crescendo em nosso orgulho e auto-suficiência?
Já sabemos o que aconteceria como o joio na hora da colheita.
Martinha Gospel.
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